Uma segunda cidade dos EUA está envolta no escândalo de fornecimento de água inquinada à população. Depois de Flint, subúrbio operário de Detroit, estado do Michigan, agora é Sebring, no Ohio, que está no centro das suspeitas, com as autoridades a encerrarem escolas, a distribuírem água engarrafada (à semelhança do que começaram a fazer, a semana passada, em Flint), e a aconselharem grávidas e crianças a realizarem análises ao sangue para determinar os níveis de contaminação por chumbo. 
A delegação do Ohio da Agência de Protecção Ambiental norte-americana responsabiliza o operador a quem foi atribuído o fornecimento de água em Sebring de ter falsificado os relatórios. Admite, igualmente, que por seu lado falhou na protecção da população.
Idênticas alegações de falta de rigor e cumplicidade para com a entidade fornecedora de água estão a ser levantadas em Flint, onde o escândalo do envenenamento por chumbo atinge o governador do Michigan e membros da sua administração, acusados de ignorarem durante mais de um ano várias evidências que indicavam que o desinvestimento e consequente degradação das infra-estruturas estavam a provocar a putrefacção da água. O que, aliás, vinha sendo denunciado há meses pela população de Flint.